Movimento defende ocupação de reitorias e combate ao ProUni.
O nascimento oficial aconteceu no dia 15 de junho, exatamente um mês antes do 51 º Congresso Nacional da UNE, que este ano será em Brasília e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura. É a primeira vez desde sua fundação, em 1937, que a UNE ganha uma concorrente.
“A UNE de hoje é chapa-branca e corneteira do governo. Além disso, está burocratizada. O ProUni tira responsabilidade do governo de financiar o ensino. Defendemos a ampliação de vagas nas universidades públicas”, diz Camila Lisboa, estudante da Unicamp e principal liderança da organização.
Além do PSTU, o único partido que enviou representantes para o congresso foi o PSOL, de Heloísa Helena. “Algumas correntes do PSOL estão conosco.” Quem mais? “A Liga Estratégia Revolucionária, a Liga Bolchevique Internacionalista, o Coletivo Marxista, o Comitê Anarquista do Ceará, os DCEs da USP, UFMG e Puccamp, além de várias executivas de curso, como Educação Física e Letras”, contabiliza a líder da “nova UNE”.
Desdém
“Eles representam 2 milhões de estudantes. Houve eleição para delegados em 92% das universidades brasileiras”, afirma. “A criação da ANEL é lamentável. Fere a história dos 70 anos da UNE, uma entidade unitária reconhecida no mundo inteiro”, afirma Fabiana Costa, presidente do Centro de Memória da Juventude, ONG que cuida da memória do movimento estudantil.
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